Desde que a Rússia proibiu o Instagram e o Facebook (em março de 2022), serviços de monitoramento da internet registram um fenômeno curioso no país: o aumento da procura por aplicativos que oferecem recursos de VPN (Virtual Private Network).
Essa movimentação indica que, desde o bloqueio das redes sociais da Meta, os russos estão buscando métodos para continuar acessando essas plataformas, e um deles é por meio de aplicativos capazes de ‘burlar’ as restrições.
Vale lembrar que a tecnologia VPN é uma rede de conexão privada que opera sobre uma rede pública. O uso desse recurso protege a conexão com a internet contra acessos não autorizados, garantindo a segurança dos dados e dificultando o acesso de terceiros. Dessa forma, os usuários russos passaram a utilizar esses serviços para usar suas redes sociais sem o impedimento pelo bloqueio governamental.
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Serviços de VPN serão proibidos?
Ao identificar que os russos utilizavam recursos de VPN para desrespeitar a proibição e acessar as redes sociais da Meta, o governo do país iniciou uma movimentação para restringir e limitar a oferta desse tipo de tecnologia. A ideia do Kremlin (sede do poder russo) é reduzir ao máximo a promoção e a disponibilidade desses serviços na região.
De acordo com o RIA, site de notícias russo, o Roskomanadzor, órgão federal de supervisão de comunicações, planeja proibir todos os serviços de VPN do país a partir do dia 1º de março de 2024. A informação, segundo o veículo, foi divulgada pelo senador Artem Sheikin.
Além disso, as autoridades russas também já estariam em contato com as lojas de aplicativos (como Play Store e App Store) para que aplicativos que ofereçam o recurso de VPN fiquem indisponíveis até a data definida pela entidade supervisora. Caso esse pedido seja negado, as empresas que gerem as lojas virtuais podem ter suas atividades suspensas no país.
Proibição das plataformas da Meta na Rússia
A medida imposta pelo governo russo visa “blindar” a população do país das plataformas com conteúdo considerado “proibido,” como as da Meta. Inclusive, o senador Sheikin chegou a declarar que “é especialmente importante restringir o acesso dos cidadãos aos produtos da Meta, uma organização extremista reconhecida.”
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Vale lembrar que a Rússia entende que alguns serviços de empresas ocidentais são uma oposição à sua própria narrativa, e por isso proíbe que seus cidadãos tenham acesso a determinados conteúdos.
Imagem: StefanCoders / Pixabay.com